Quem hoje passa pela cadeia da cidade de Lisboa, edificio immundo, miseravel, insalubre, que por si só bastára a servir de castigo a grandes crimes, [1] ainda vê na extermidade delle umas ruinas, uns entulhos amontoados, que separa da rua uma parede de pouca altura, onde se abre uma janella gothica. Esta parede e esta janella são tudo o que resta dos antigos paços d’apar S. Martinho, igreja que tambem já desappareceu, sem deixar sequer por memoria um panno de muro, uma fresta, de outro tempo. O Limoeiro é um dos monumentos de Lisboa sobre que revoam mais tradições de remotas

  1. Isto era escrípto em 1844.