nas torres garridas de garridissimas igrejas das cidades de hoje, são uma cousa estupida e mesquinha. O sino é um instrumento accorde com as vastas harmonias das serras e dos descampados. Assim como o orgão foi feito para reboar pelas arcarias profundas de uma cathedral gothica, para vibrar na atmosphera mal alumiada pelas frestas estreitas e ogivaes, do mesmo modo o sino foi perfilhado pelo christianismo para convocar os seus humildes sectarios occupados nos trabalhos campestres. Quando se associou o sino ao culto? Ignoramo-lo: ignoramo-lo, porque foi a religião serva e perseguida que o sanctificou: e quando os poderosos da terra a acceitaram para si, então entrou elle nas cidades soberbas. Lá converteu-se n’uma cousa insignificante e impertinente. É mais um ruído intoleravel para ajunctar aos outros ruídos discordes que troam por essas ruas e praças. O sino, tornado cortesão e fidalgo, é semelhante ao orgão trazido para o aposento do baile, ou, o que vale quasi o mesmo, para essas salas ao divino, bonitas, vaidosas, douradinhas, que insensatos edificam para as admirações de parvos.

E com estas digressões esquecemo-nos do padre prior. Não importa. Deixa-lo ceiar em paz, e resar o breviario. Eram estas, entre