tão creança que me resolvesse a pagar não sei quantos francos por anno para gosar dessa incomparavel honra.
Por isto façam os leitores idéa das deploraveis consequencias de um erro de data!—“Porém—replicarão elles—quem te obrigava a tractares essa questão chronologica, superior talvez ás forças do teu entendimento? Não foste andando até aqui sem te metteres nesses debuxos? Porque não descreves a festa, deixando aos entendidos em calendario o pô-la na epocha propria?”—Bonissimos leitores, pensaes vós que eu sou o Manuel da Ventosa, que me deixe assim esmagar por uma saraivada de perguntas? Enganaes-vos! A resposta vae caír dos bicos desta penna como as frechas de Apollo longe-asseteador caíam no campo dos argivos, segundo resa Homero no capitulo primeiro da sua chronica das birras do Pelida e do Atrida: a minha tréplica vae tombar sobre os prelos convincente, irresistivel, irreplicavel. Ei-la. Finjamos por um momento que, em vez de consultar os respectivos auctores sobre a verdadeira casa de S. Pantaleão no taboleiro do calendario, nem sequer pensava nisso, e começava ex abrupto a scena da festa aldeian. Que succedia? Como estamos no inverno, e eu gósto do inverno, principalmente quando ruge