as mãos enrugadas, e ora; ora com fé viva. Na procella de terrores que a cercam começa a bruxulear uma luz de esperança: espera, porque crê na possibilidade da intercessão e dos milagres; e anima-se, e a tempestade da sua alma asserena-se, e a dor mitiga-se, porque, no meio das lagrymas e das resas, ella pensa lá comsigo que aquella imagem trouxe já muitas consolações a seus paes, a ella mesma, e a toda a familia, e que a Virgem Sanctissima ha-de acudir-lhe ao seu filho, que desde pequenino gostava de ir apanhar as flores campestres para enfeitar a Senhora, e que tantas vezes á noite antes de se deitar ía pôr-se de joelhos alli onde ella estava, e resar uma salve-rainha. E quantas vezes, depois destas orações ardentes, volve Deus olhos compassivos para a morada da miseria e da amargura, e obra, não um milagre inutil, mas o beneficio que faria qualquer medico, se na habitação solitaria houvesse a possibilidade de se buscarem os soccorros da sciencia humana!
Dirá o protestantismo que isto é idolatria? Que! Ignora, acaso, o mais grosseiro catholico que acima dessa imagem está o espirito puro que ella representa, e que acima desse espirito está Deus? O catholicismo no seu culto das imagens, nas suas festas, nas suas visualidades,