brilhante das vestes sacerdotaes e dos adornos do altar, os ramilhetes povoando os degraus do sanctuario, ou juncando o pavimento, o incenso embalsamando a atmosphera. E como tudo isto é para as multidões, o culto trasborda do estreito recincto e derrama-se pelas ruas, pelas praças, pelos campos em procissões, em cirios, em romarias, e o povo fluctua, folga, resa, tripudia, esquece-se dos seus destinos de miseria e trabalho, ama a religião que o consola, e voltando ás suas habituaes fadigas, leva para o meio dellas a saudade do dia-sancto e as recordações affectuosas da igreja.
E o protestantismo? O protestantismo despedaçou os vultos dos sanctos, prohihiu os oragos, as procissões e as romagens: esfarrapou alvas, casulas, amictos, pluviaes; apagou as luzes; varreu as flores; assoprou o incenso. Fechou-se na celebração do domingo; e fez bem! bem ao povo, a quem para tedio e tristeza, nos paizes protestantes, sobeja o domingo. E porque fez elle isto? Foi porque essas cousas eram superstições papistas: as imagens idolatria, a agua benta agua lustral, as vestes sacerdotaes indecencias ridiculas, as ceremonias visagens, a missa mentira. Passagens de biblia e compridos sermões ficaram bastando ao culto