pela pureza aristocratica e beata do protestantismo inglez.
Miss Parker foi o unico folego vivo da Gran-Bretanha, a quem, na minha estada em Inglaterra, devi um beneficio: quando partimos para Jersey deu-nos um cabazinho em que levassemos a nossa matalotagem, e derramou algumas lagrymas ao despedir-se de nós. Aquelle cabazinho era o que estava ante mim, e me sustinha em cima dos joelhos a cabeça do velho. Sobre as vagas procellosas do canal da Mancha eu soldava assim as minhas contas com a Inglaterra.
O vento continuava a rodar para sudoeste, e os nossos dous marinheiros colheram parte do panno e mudaram algum tanto de rumo: depois tornaram a assentar-se na mesma postura em que estavam, e tudo voltou ao anterior silencio, que só era interrompido pelo marulho das ondas espalmando-se no costado do chasse-marée.
Mas um flagicio, mais abominavel ainda que os condimentos ferozes da cozinha ingleza, veio cortar atrozmente este silencio triste, que representava no meio de nós a previsão de imminente procella.
O inglez alto, de gesto esguio, e nariz hebraisante, tinha-se assentado ao pé do outro