Concluí pois dos meus raciocínios, não que Palmira precisasse conhecer bem o noivo antes do casamento, ou vice-versa, porque seria isso perigoso debaixo do ponto de vista da ilusão amorosa — ela não era uma camponesa; mas que deviam ambos conservar, eternamente intactas e perfeitas, as boas impressões, que um do outro tivessem porventura recebido no período em que se desejaram pela primeira vez.
A tarefa, como se vê, era mais que penosa, delicada, e de muito difícil execução; eu, porém, estava disposta a todos os sacrifícios por amor de minha filha, e haveria de triunfar! De resto, com que melhor poderia eu encher a vida? A idéia de escrever estas memórias só mais tarde começou a preocupar-me o espírito.
Mas prossigamos. Vamos ver agora como cheguei à realização dos meus ideais.