Na escolha mental que fiz de um noivo para minha filha, pareceu-me fosse preferível um oficial de marinha em serviço ativo, porquanto o marinheiro leva no casamento duas vantagens sobre os homens de outras profissões. A primeira porque o serviço de bordo ou em alguma fortaleza o obriga a afastar-se periodicamente da esposa, cumprindo ele assim, por dever de ofício, com o higiênico preceito da Bíblia; a segunda porque os perigos da sua vida aventurosa, a honra militar e a estética da farda, lhe dão certo brilho especial de antiburguesismo e um fascinante prestígio de altivez e denodo que muito pesam nos interesses do amor.