tivemos até aí. Abriu-se uma garrafa de champanha.

Foi bastante a separação de um dia para que voltasse ao casal todos os arrulhos de antes do matrimônio. Meu genro tocava com os pés, por debaixo da mesa, os pés de Palmira, e segurava-lhe furtivamente a mão, e dizia-lhe em voz baixa sedutoras palavras de amor, requestando-a de novo para um novo casamento.

Eram felizes. E eu me sentia também feliz, ao reflexo da ventura dos dois; e sorria para César, que esse bem compreendia o alcance da minha felicidade e orgulhava-se de ter contribuído para ela.

À meia-noite dissolveu-se a roda. Leandro retirou-se com o médico, ficando ajustado que voltariam ambos no dia seguinte às mesmas horas. O meu velho e querido amigo disse-me, ao sair, por ocasião de dar-me a mão:

— Vai muito bem! Vai muito bem!... Continue, Olímpia!

— Creio que consigo fazer o milagre... segredei-lhe, abraçando-o.

— Consegue, consegue tudo! Você é uma santa, minha amiga! Adeus.