meu marido!... Não me cansaria em estar ao lado dele...
— É o que te parece agora, como a todo o sujeito, atormentado pelo apetite, parece que se não cansaria de comer! Estivessem vocês sempre e sempre juntos, e haverias de dar razão às minhas palavras...
— Ora, mamãe, não há de ser tanto assim... murmurou ela.
— E, se não podes responder por ti, quanto mais por ele!...
— Oh! Ele me ama deveras! Disso tenho eu certeza!
— E eu também. E justamente para que essa bela chama não se extinga, dou-me ao cuidado de reformar-lhe o combustível!
Palmira soltou uma risada e não insistiu no assunto. Mas, à noite desse mesmo dia, a questão voltou com mais força. Meu genro, quando veio para jantar, trazendo, como de costume, flores para a mulher e uma pequena lembrança literária para mim (creio que dessa vez foi um livro de Olavo Bilac), percebeu logo, pela conversa travada entre nós duas, que ele essa noite iria para Botafogo, pois havia já três seguidas que ficava com Palmira.