sequer esta circunstância material do desdobramento do corpo, do desdobramento da carne. Na mulher, aquele poderoso instinto animal, associado à razão e à consciência não menos poderosas, produz o que se chama o amor materno. E tudo isso se dá antes de chegar o amor paterno, que pode até nunca chegar, se não houver convivência entre o pai e o filho. Não é banal dizer que todo o homem é muito mais filho da mulher do que do homem; o que me leva a sustentar que na sociedade ele devia apresentar-se com o nome da mãe e não do pai!
Fiquei perfeitamente tranqüila com estas palavras e pus o coração à larga.
Na segunda carta, Leandro enviava o retrato à mulher, e uma poesia inspirada na saudade, acompanhando tudo um amor-perfeito colhido em certo jardim, na ocasião em que, diziam os versos, "no meio da alegria geral e do riso dos convivas — seu coração sangrava o martírio daquela terrível ausência, que o privava do estremecido objeto do seu amor..." Li e reli essa composição poética; não era um primor da arte, mas Palmira chorou de emoção ao lê-la. E comparei