meiga e delicada; e meu marido — extremoso e forte.

Casamo-nos por inclinação de parte a parte, com o aplauso de ambas as famílias, depois de um calmo namoro de seis meses regular e honesto, abençoado por todos os nossos parentes e amigos.

Não se poderia, pois, desejar casamento mais equilibrado, nem se poderia conceber um par mais harmonioso, e até mais simétrico.

Não obstante, apesar de que nunca transigi dos meus deveres conjugais; apesar de que meu marido prosperou sempre de fortuna na sua carreira médica e, depois, na sua carreira política; apesar de que ele era bom, e apesar de que sempre nos estimamos; apesar de tudo isso, tanto ele como eu fomos igualmente muito desgraçados, enquanto nos não separamos; fomos os dois um casal de infelizes amarrados um ao outro pelo duro e violento laço do matrimônio; fomos dois calcetas, seguros na mesma corrente de ferro, condenados a suportar a existência eternamente juntos.

Não foi possível! Quebramos a cadeia, arrancamo-nos da grilheta. O governo nomeou-