Mas, com César, já não foi tão generosa, porque um dia a surpreendi a faceciar contra o padrasto a respeito do caso. Ele, não sei o que tinha dito, que ela com aqueles seus modos de rapariga travessa, pois nunca os perdeu de todo, tomou-lhe as lunetas, armou-as no nariz e começou a arremedar os meus gestos e a minha voz, exclamando comicamente, com o dedo no ar e a cabecinha empertigada:
— Casaram-se?... Está muito bem! mas não consinto que fiquem juntos muitos dias seguidos... Não! não! a felicidade conjugal, meu caro Dr. César, é nisto que se baseia! E se duvida, vou já buscar-lhe a Bíblia!...
César pôs-se a rir, e eu não pude deixar de fazer o mesmo. Ela, ao dar comigo, que a espreitava, ficou desapontada e corrida: desprendeu as lunetas do nariz, entregou-as ao dono; e o diabrete veio correndo atirar-se-me ao pescoço e pedir-me com seus beijos o beijo do meu perdão.
Todavia, eu continuava doente. Realizou-se a mudança definitiva de César lá para casa, e daí a dois