Sim! minha mulher foi a única mulher que amei. Em meio de maior enjôo da vida doméstica, sentia eu perfeitamente, no âmago da minha consciência, que nenhuma outra valia tanto como Olímpia, quer no físico, quer na moral e até no intelectual; sentia que, se ela não fosse minha esposa, minha companheira obrigada de cama e mesa, de todo o instante, havia de desejá-la apaixonadamente; sentia, adivinhava que, se eu viesse um dia a deixar de possuí-la, como fatalmente sucedeu, havia de sofrer muito, como efetivamente sofri, sem nunca mais encontrar mulher que a substituísse ou que lograsse fazer-me-la esquecer.