Página:Lourenço - chronica pernambucana (1881).djvu/282

feito Silvano, memoráveis histórias suas que ainda hoje se celebram"

Do ouro lado do governador achava-se o ouvidor Bacalhau, e junto deste frei Estevão (da reformada), D. Matias, cônego regrante, irmão de João da Maia, o qual chegara da Paraíba por ocasião de se dar começo à devassa; e o padre João da Costa (da recoleta da Madre de Deus);

Eis o que rezava o papel:

"Faço saber a vós, governador da capitania de Pernambuco, que fazendo-se-me presente, pelo meu conselho ultramarino, a conta que me destes das prisões, que se haviam feito nesta capitania nas pessoas compreendidas nos levantamentos que houve nela, e que também me deu o desembargador Cristovam Soares Romão sobre o mesmo particular, e que pelo erro que houve na última ordem, que se lhe passou, tinha procedido contra os culpados no primeiro e segundo levante; me pareceu mandar-vos estranhar muito severamente por resolução de 7 do presente mês; pois nela vos declarava que Eu havia confirmado os perdões do primeiro e segundo levantamento, pelo que respeitava aos moradores de Olinda; pois segundo o ministro tivera esta notícia, não inquirira dos ditos levantamentos, pelo que pertencia aos ditos moradores; e assim lhe ordeno que se abstenha de perguntar pelos primeiros levantamentos, e que mande soltar os culpados neles por estarem por mim perdoados, fazendo-lhes repor e restituir os bens que lhes foram seqüestrados: e o dinheiro que se tiver despendido das pessoas, que indevidamente foram pronunciadas pelo primeiro e segundo levantamento, se pague pelas despesas