a quem peço desculpa de minha distração de ontem...

DR. LIMA - Não tem de quê. Vi que estava indisposto.

GOMES - Estava, como pode estar o homem a quem a honra ordena que morra e sua filha órfã pede que viva.

ELISA - Meu pai!... Esqueça-se!.

GOMES - Ao contrário devo lembrar! Devo confessá-lo! Não temos outro meio de reconhecer a dedicação daquele a quem tu deves a vida do teu pai; e eu mais do que a vida.

JORGE - Para que voltar a um passado que nos aflige a todos?

GOMES - Eu não conheço egoísmo mais cruel do que o do benfeitor que recusa o reconhecimento daqueles a quem recorreu. A gratidão, Sr. Jorge, não é só um dever; é também um direito.

DR. LIMA - E um direito sagrado!

JORGE - Porém, doutor, o Sr. Gomes nada me tem a agradecer. Ele o sabe; e vou dar-lhe a prova. Estamos entre amigos, Elisa... seu pai e o meu...