JOANA - Ora, iaiá! que me custa a fazer isso?... Nhonhô sai muito cedinho, logo às 7 horas; eu endireito tudo lá por cima, num momento, porque também tem pouco que fazer; e depois venho ajudar a iaiá que se mata com tanto trabalho.

ELISA - E o Sr. Jorge sabe disto?

JOANA - Que tem que saiba?... Não é nada de mal!

ELISA - Muitos senhores não gostam que seus escravos sirvam a pessoas estranhas.

JOANA - Iaiá não é nenhuma pessoa estranha... Depois, Vm. não conhece meu nhonhô? Não sabe como ele é bom?...

ELISA - Oh! sei!... Há um ano que é nosso vizinho, e nesse pouco tempo quanto lhe devemos!

JOANA - Mas iaiá é uma moça bonita!... E eu que sou sua mulata velha... desde que nhonhô Jorge nasceu que o sirvo, e nunca brigou comigo! Se ele não sabe ralhar... Olhe, iaiá! Todas as festas me dá um vestido bonito... E não dá mais porque é pobre!

ELISA - Foste tu que o criaste?

JOANA - Foi, iaiá. Nunca mamou outro leite senão o meu...

ELISA - E por que ele não te chama - mamãe Joana?

JOANA - Mamãe!...