JOANA - Nhonhô não rouba nada!... Eu é que não quero... Não pedi!...

JORGE - Que importa?... O que dei não me pertence.

JOANA - Pois eu não aceito! Veja...

JORGE - Que vais fazer?

JOANA - Nhonhô não há de obrigar... Não sou forra!... Não quero ser!... Não quero!... Sou escrava de meu senhor!... E ele não há de padecer necessidades!... Tinha que ver agora uma mulher em casa sem fazer nada, sem prestar para coisa alguma... E meu nhonhô triste e agoniado.

JORGE - Não recebo o teu sacrifício. É escusado. Depois, de que me serviria isto?

JOANA - Mas vem cá, nhonhô... Vm. não disse esta manhã que há muito tempo me queria forrar?

JORGE - E disse a verdade.

JOANA - Quem duvida?... Mas não forrou porque tinha pedido um dinheiro emprestado com... Não sei como se chama.

JORGE - Com hipoteca?