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CRITICA

suas primeiras como as suas ultimas cronicas, onde a fantazia a cade passo cede o logar que ali é proprio della ás considerações do espirito afeito á analizes de obras literarias. Essa feição não exclue outros nem é incompativel com as faculdades da imajinação e creação. O que me parece é que era a principal e as outras lhe estavam subordinadas. Em um meio de maior cultura e produção, Machado de Assis teria achado materia bastante e farta para lhe estimular e ocupar a atenção e o estudo critico. No Brazil, porém, e ao tempo em que elle chegava á madureza inteletual, a escassez das obras literarias deveria dissuadil-o de perzistir nesse trabalho, acrecendo a razão de que o proprio atrazo do meio social creava para o genero menos gloria que dissabores.

E' o que já se depreendia de um trecho da sua carta em resposta á apresentação que Jozé de Alencar lhe fizera de Castro Alves.

« A tarefada critica preciza destes parabens: é tão ardua de praticar, já pelos estudos que exije, já pelas lutas que impõe, que a palavra eloquente de um chefe é muitas vezes necessaria para reavivar as forças exaustas e reerguer o animo abatido.

Confesso francamente que encetando os meus ensaios de critica, foi movido pela idéa de con-