arria. Perdoa-me, ó papel, os meus erros de outrora, Tarde os reconheci, mas abraço-te agora! Cumpre-me ser, meu pai, de coração fiel, Cidadão do papel, no tempo do papel.

JÚPITER

E contudo, inda há pouco, o contrário dizias, E zombavas então destas papelarias...

MARTE

Mudei de opinião...

JÚPITER (a Vulcano)

E tu, ó deus das lavas, Tu, que o raio divino outrora fabricavas. Que irás tu fabricar?

VULCANO

Inda há pouco o dizia Quando Marte do tempo a pintura fazia: Se o valor deste tempo é de peso ou de almaço, Mudo de profissão, vou fazer penas de aço. Hei de servir alguém, aqui ou em qualquer parte, Ou a ti ou a outro, ou a Jove ou a Marte. Os raios que eu fazia, em penas transformados, Como eles hão de ser ferinos e aguçados. A questão é de forma.

MARTE (a Vulcano)

Obrigado.

JÚPITER

Proteu, Não te dignas dizer o que farás?