Deve ser um quadro delicioso para o homem que despende as suas horas na investigação da natureza, faze-lo ao lado da mulher que o ampara e anima, testemunha de seus esforços, sócia de suas alegrias, atenta, dedicada, amorosa. Será vaidade de sexo? Pode ser, mas eu creio que o melhor premio do mérito é o sorriso da mulher amada. O aplauso público é mais ruidoso, mas muito menos tocante que a aprovação doméstica.

BARÃO (depois de um instante de hesitação e luta) - Falemos da nossa lição.

D. HELENA - Amanhã, se minha tia consentir. (Levanta-se). Até amanhã, não?

BARÃO - Hoje mesmo, se o ordenar.

D. HELENA - Acredita que não perderei o tempo?

BARÃO - Estou certo que não.

D. HELENA - Serei acadêmica de Stockholmo?

BARÃO - Conto que terei essa honra.

D. HELENA (cortejando) - Até amanhã.