Sois estrangeiro e cavaleiro ... andaes
Errante pelo mundo...»
E a voz do Vento
Era o proprio Silencio a falar alto...
E os olhos da Saudade se encontraram
Com os olhos do triste Cavaleiro...
Os d'ela: luz da lua e luz do sol;
Os d'ele: magua, sombra e nevoeiro.
E Marános lhe disse, de repente:
«O teu mal é o amor que te persegue!
Pobre de ti, que fôste amor sómente;
E por isso a tua alma te despreza!
Sê homem e animal, o que é também
Uma grande alegria; com ternura
Adora a Divindade que se beija,
Presente e viva, em carne e formosura.
Tu sabes que um deserto, seja de oiro,
Seja de amôr, é a mesma solidão...
Vem para a terra mater e fecunda,
Criadora das arvores e do pão!
Vem para a luz do sol, para a alegria
Da verdadeira vida que resulta
Do perfeito equilíbrio e da harmonia
Entre a Alma mortal e o Corpo eterno...»
E o pobre Cavaleiro entristecido: