XVIII A SAUDADE E A SOMBRA DE MARÁNOS Alguns anos passaram. E a Saudade Á ausência de Marános mais afeita, N'aquela montanhosa soledade Vivia com o Filho, a quem a Terra Seu íntimo segredo ia dizendo; A quem o luar falava n'um murmúrio Baixinho de crepúsculo, escondendo Os afastados serros solitários . . . A quem o sol falava, quando erguia Seu abrazado busto além das nuvens E acima do horizonte que prendia, N'um circulo de bronze, o seu olhar Desejoso e faminto de Menino. Já sua alma, voando, se elevava Àquele monte trágico e divino, D'onde Tudo se avista e d'onde outrora A Tentação do mundo apareceu Aos olhos de Jesus . . . E a Virgem Pura, Passeando, com amor, á luz do céu, Enlevada no Filho estremecido,
Subia, muitas vezes, ao mais alto