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Ao seu antigo aspecto; e a côr mais viva
Baixou á face extatica das cousas...
E vendo-se a Pastôra abandonada,
Afastou-se d'ali, sem um adeus.
E de seu corpo a linha maguada
Vergava, sob o pêso da Saudade...
Em pouco tempo, as arvores esconderam
Seu vulto, como escondem pelo abril
Os ninhos, onde as aves que os fizeram,
Criam a nova aza e o novo canto.
E Marános seguiu-a com os olhos,
Mudo, sem ter coragem de falar,
Como se, ao mesmo tempo, ele quizesse
Continuar seu caminho e ali ficar!
Sim! Partir e ficar na mesma hora!
Seguir a Voz etérea que o chamava,
E aquele Vulto airoso que a distancia,
Em sua rôxa névoa, amortalhava!
E Marános, vencido pela força
Da indecisão, chorava e maldizia
O mundo, o seu destino e a luz do sol
Que, dentro em suas lagrimas, sorria
Na mesma indiferença luminosa
Em que sorri no orvalho da manhã...
Porque a Dôr é uma noite mysteriosa
Só feita para os olhos da Creatura!


Mas ele, que ainda via no ar infindo,
Miraculosamente desenhar-se
A doce curva em flôr do gesto lindo
Que a longinqua Montanha lhe mostrou,

Áquele sitio êrmo disse adeus;