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tinára a muito sofrer para muito amar na cristalização da sua revolta. Não revolta de vingança, de rancor, de violencia; mas a revolta que se funde em amor pelos que sofrem, a revolta que é solidariedade, redenção, e só na Verdade póde realizar a harmonia; a sagrada e frutificante revolta que nos abre no regaço da Natureza, da Providencia, o livro d'essa Verdade para a converter em justiça, em luz e amor.

 


A realidade justificando a teoria
 

Sendo este livro um facto que completa a tese de Jean Finot, concluirei pondo em confronto um resumo de argumentos com as conclusões somadas na realidade. Em profundo e scientifico estudo sociologico e humanitario, e sob o ponto de vista psicologico, fisiologico e biologico, Jean Finot demonstra que a mulher não é psicologicamente ou fisiologicamente nada do que deve ser por natureza. D'aí são falsas, infundadas, todas as apreciações que d'ela se fazem. Ponham-se agora em paralelo a soma de provas colhidas do caso real aqui relatado e dará este desideratum: A mulher