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lhes deu para servirem de enfermeiras na doença de atrofia dos entendimentos, e provar-lhes que na opressão e na ignorancia em que vive a mulher, ela só póde dar á sociedade naturezas morbidas, impropriamente educadas, dispostas ás pai- xões eroticas, á vaidade, á ambição, á incoerencia, impulsivas, violentas, delinquentes. E d'estas naturezas só sáem individuos e caractéres incapazes de dirigir os Povos com acerto e exercer competentemente qualquer função publica, social ou familiar.

Eis a chave do enigma que alimenta no criterio confuso e amorfo das multidões, o espirito selvagem e louco das guerras.

 

Emfim, á custa do seu proprio sofrimento, o homem acabará por escutar a voz da mulher que é um eco da razão humana. E atraído por ela para o culto do sentimento, compreenderá melhor a lei do verdadeiro amor. Interpreta-lo-ha como agente da bondade. E cultivará assim o germinal da felicidade de ambos. E' preciso educar as almas, educar o amor, educar a bondade. Porque a bondade e o amor são os mais eficazes ele-