Pobres velhinhos sem filhos
Tristes crianças sem pais!
Presos nos duros cadilhos
Das sous destinos fatais,
Clemendo iguais estribilhos,
Chorando prantos iguais,
Da vida nos envios trillios
Quem sofre e padece mais,
São os velhinhos sem filhos ?
On as crianças sem país?
Quando terminei, uma neblina de lágrimas selara de enternecimento o último verso. Toda a poesia que desprende lágrimas é inspirada pela emoção. E toda a emoção è ternura, piedade, sentimento.
O pranto é o orvalho dos corações sensiveis que cái sôbre a estiolação requeimante das dôres humanas.
E emquanto numa receptividade de ternura o rocio compassivo do coração aljofrava as misericordiosas estrofes, o meu espírito evocava no silêncio solene e recolhido daquêle templo da sciência, onde parecia adejarem espíritos invisiveis e iluminados, a legião dos párias da desgraça, os macilentos velhinhos andrajosos, as criancinhas de face livida, precocemente enrugada de fome, gemendo, soluçando em litanias de mágua e desesperos que repercutem no coração dos poetas.
« Quem sofre e padece nais,
São os velhinhos sem filhos!
São as crianças sem pais?»
Mas, folheára outra página... E, — ó misterioso redentôr instinto do coração? —passa ante a maguada retina