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conclusões renovadoras e humanistas, tomando para quesito os pontos seguintes:

— De que lado esta a maior culpa?

— Quais as causas do adultério?

— De que lado estão as provas de maior egoismo, ou as de maior altruismo?

— Quantos prejuizos representa na sociedade e na familia a opressão do egoismo, e quantas vantagens assegura a virtude do altruismo?

— Que vale a natureza e o efeito de una culpa de prejuízos meramente pessoais, em face da natureza de uma culpada que, caindo em pecado, se liberta de si para atrair em torno da culpa a discussão de que nasce a Luz, e a Luz que corresponde ás virtudes do altruismo que são origem da sua afectividade, do seu dom de simpatia, da sua culpa que foi da Bondade ao Amor?

Mas, tomando parte no sensacional debate, é meu desejo manter uma linha de consideração e respeito pela personificação individual de V. Ex.a, pelo seu prestigio de intelectual e pela sua preponderante situação de homem público.

Distinguirei na pessoa de V. Ex.a a personificação e o simbolo, como sucederá com os ilustres clinicos que classificaram a doença de sua Esposa.

É V. Ex.a um espirito culto. Portanto sabe decerto que, acima da vontade humana, ha uma vontade suprema que dirige os nossos actos e as nossas ideias, com o mesmo poder invisível com que faz girar o mundo e dispõe as universais atracções.

Na ordem da evolução constante e planetária, desagregam-se as forças da matéria e cristalisam-se as energias do