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comum? E' fazer ver à consciência da sociedade que os seus códigos devem assentar noutras leis de equivalência, para que as leis possam equilibrar o fiel da moralidade pública.

Os laços conjugais, não são grilheta de um sexo, á custa das regalias de outro sexo.

A família é a síntese do amor quando o amor a sustem e a perfuma como uma grande e mimosa flor aberta a todas as auras da virtude, rociada de orvalhos celestes que são consolo e repouso, afecto e harmonia, beleza e bondade.

E', emfim, o pedestal do progresso quando inspirado numa alta visão espiritual, como nos poemas cosmagónicos da ultra-espiritualissima familia Egipcia inspirados nas revelações de Zaroastro, e a cujo sôpro creador se formou o espirito colectivo de um povo idealista embevido nos resplendores da arte e da natureza, embalado em ritmos de música, de poesia, de amor e de beleza, ao som cadente das maviosas citaras, sob ondas de incensos perfumados e celebrando maravilhas de estatuária cinzelada em mármores pantélicos, ou hexámetros sublimes burilados em odes imortais.

 
 

Tambem nos salões de S. Vicente se celebrou a arte, pura na poesia e na música. Mas êsses festins não consagravam na apoteose da arte a apoteose do amor conjugal, porque eram precedidos, muitas vezes, de prelúdios de lágrimas vertidas pela maguada sensibilidade de uma esposa[1].

 

<references>

  1. Página 167 do livro «Doida Não!».