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do mal que lhe fizera e que não leve, para me dizer, uma palavra ma, apertando-me nos seus braços, apenas entre pranto, soltou este lamento: ― « Não torno a ver o meu querido Manuel, e meu filhinho! ». E, entretanto, não era só o filho que eu the tinha tirado, era também o pão[1].

Vai Manuel; esquece-me; cria uma felicidade honesta, uma familia só tua, que não haja desfraudado o prestigio, a paz e os afectos de outra família.

Ficariam de permeio dêste amor remorsos, blasfêmias, vergonhas, queixas e ódios. Serei antes a monja de mais glorioso e alto misticismo. Renunciarei ao amor profano para enclausurar todas as exaltações corpóreas num peregrino e ardente ideal de beneficência. Que se apague o incêndio ardente de uma paixão funesta, no hálo puro dos amores ideais.

Parte, que o meu espirito velará o teu destino comu aquela estrêla de alva que, antes do rajar da aurora e do gorgear dos ninhos, guia em seu divino fulgôr a estrada sombria do peregrino para o conduzir ás almejadas paragens de uma verdadeira e rehabilitadôra felicidade.

E sôbre as cinzas purificadas da paixão que crepitou e arrebatou, florirá um germinal de flôres de altruismo que de longe te enviarão, com o perfume de uma saúdade para, o fluido sugestivo de uma virtude nobre.

Repercute-se no meu coração o grito de angústia da mater dolorosa que em soledade chora o filho encarcerado. Bem vês, sou tambem mãe. E dentro do coração ferido, do meu filho, tambem há lágrimas e saúdades pungitivas por

  1. Este capitulo refere-se ao episodio da captura da Snr.a D. Maria Adelaide e de Manuel quando se haviam refugindo em Roção em casa da familia do ultimo e que está descrita no livro da primeira, a páginas 40 e 41.