Estabeleceu-se calorosa polémica e, apesar de serem homens, a elegância do fardamento preocupava-os a todos.
Finalmente o rei despediu-os. Todos se retiraram muito satisfeitos e o que se mostrava mais alegre era o que ia mais triste.
D. Julião foi bater á porta dos aposentos da princesa que o mandou entrar imediatamente.
A um gesto dela as suas aias retiraram-se.
Logo que ficaram sós, a senhora D. Clotilde perguntou:
– ¿Então, D. Julião, que se passou no conselho?
D. Julião Zamora pôs de parte a máscara de alegria, que estava longe de sentir, e contou-lhe quanto se havia passado.
A princesa escutava-o atenta e um sorriso de vaidade satisfeita desenhava-se-lhe aos cantos da bôca.
Quando D. Julião terminou, disse-lhe:
– Nós brincamos com os acontecimentos da vida como as crianças com os bonecos: eu esperava isso mesmo. Apesar de serem pessôas idosas e tidas na conta das mais ponderadas do reino, não resistiram ao atractivo da dignidade e da farda.
– Vossa Alteza tem uma precocidade de juizo que não é vulgar, minha senhora… Mas que direi eu a El-Rei quando Sua Majestade conhecer a ineficácia do meu alvitre?
A princesa desatou a rir e, pousando a mão no