O MOCHO
Era uma vez um menino,
Que estava á mesa jantando
Sem mostrar ter grande tino,
Porque comia brincando.
Já o seu pai lhe ralhara,
Mas, como era malcriado,
Êle, a rir, continuara
Arreliando o criado.
Batem á porta. É um cesto
Que traz o filho do côxo.
Corre o Pedro a destapá-lo
E solta um grito: – É um mocho!
Deitando o cabaz no chão
Foge p’ra junto da mãe,
Que numa grande aflição
Indaga o que o filho tem.