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horas de folga

sua pequenina. Discutiram o nome que lhe deviam pôr, e combinou-se que se chamaria Maria Achada. E, daí em diante, todas as tardes se faziam planos novos dum futuro risonho para a linda Maria Achada, de quem foi madrinha Nossa Senhora e padrinho o tio Braz, que, apezar de viver numa mísera cabana, tinha um bom pé de meia e umas terrazitas, que testou á afilhada. O prior agora demorava-se mais: o futuro da Maria Achada era um sonho cheio de interesse de que a custo os três se despegavam. Braz queria acompanhar o padre ao povoado, mas êle, vendo quanto o andar era dificil para o velho, ameaçava-o á despedida.

– Se vem, não volto ámanhã.

E docil como uma criança a quem metem mêdo com a perda da sobremesa, o tio Braz ficava sentado a vêr desaparecer o padre ao longe, no fundo da estrada.