A felicidade de Rosa




Andava um dia uma linda menina brincando numa praia portuguêsa. Tinha-se afastado de casa de seus pais e, com um cestinho no braço, fitava cuidadosamente as areias, baixando-se aqui e ali para apanhar conchas, búzios e pedras bonitas. Ia tão contente e distraída, cantando uma canção que sua avó lhe ensinara, que não reparou que já estava muito longe da casa paterna. Um rijo temporal arrojara á praia mil encantadoras cousas que o rico mar encerra e, como as asperezas do tempo tinham impedido que os habitantes daquela parte da costa saíssem á praia, Rosa, (assim se chamava a menina) radiante com os seus achados, ia sempre andando e distanciando-se cada vez mais.

O cesto já estava cheio e o avental tambêm. Pensou que era tempo de voltar, mas, olhando para o seu lado esquerdo, viu uma cousa escura e muito grande que arfava ruidosamente.