O FILHO DO TIMÓTEO




Estêvão, sentado na relva, chorava emquanto seu pai tentava consola-lo.

Estêvão era um rapaz bom, inteligente e trabalhador. Natural duma pequena aldeia da Beira, onde habitava, levantava-se ao nascer do sol e deitava-se quando o astro de oiro se sumia atrás dos montes Hermínios.

De manhã á noite, com a enxada nas mãos, revolvia a terra, cantando alegremente alguma cantiga aprendida na infância. Vivia feliz, e, eis senão quando, caíu nas sortes para soldado. Tinha de partir, deixar os pais, a terra em que nascera, a noiva, os amigos, e tudo quanto lhe falava ao coração. A idea da farda, que nas cidades encanta tanto os rapazes, aflige-os e entristece-os na aldeia onde ela representa a separação de tudo quanto se ama.

Tinha pois recebido ordem de marchar para a cidade. Em frente dos pais aparentara indiferença, mas saíndo de junto dêles fôra esconder-se a chorar