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Tu, cuja vida é um suave paraiso
Adornado de flores.
Da nossa vida misera de dores
Armargas e revezes,
Nunca invejes o jubilo indeciso,
Porque teu pranto é menos triste, ás vezes,
Do que o nosso sorriso.
Os teus dias são rosas
Que vicejam, alegres e radiosas,
Nessas tuas manhãs de eternas galas;
Nunca as desfolhes, gárrula criança,
Deixa-as em paz, descança
Deixa que o tempo venha desfolhal-as.