vos animou nas precedentes, e assim ganhareis novos títulos à estima da Nossa Soberana, e à gratidão da nossa Pátria. — Viva a Rainha a Senhora D. Maria II! — Viva a Carta Constitucional!» Foram estes vivas repetidos pela tropa e por muitos espetadores com grande entusiasmo, desfilando depois a tropa para os quartéis. No dia 30 de julho de 1831, desde o meio dia até às 2 horas da tarde, embarcou toda a tropa expedicionária, entre vivas e hinos; e, às 4 horas, toda a armada levantou ferro, começando a navegar para o seu destino, sobre o ponto que marcara a chalupa de guerra que fora na frente. Durante a noite seguinte foram impelidos os navios para a ponta do noroeste da ilha, que dobraram, correndo depois toda a costa do norte até ao ponto de desembarque, defronte do qual chegaram no dia 1.° de agosto, perto das 6 horas da manhã. Estavam pois as forças liberais em frente da ilha de São Miguel, onde o Conde de Vila Flor fizera espalhar a seguinte proclamação: «Oficiais e Soldados da Guarnição da ilha de São Miguel! — Ouvi enquanto é tempo a voz da razão, e da prudência; só vos resta um momento, aproveitai-o para aclamar a legítima Rainha de Portugal, a senhora D. Maria II e para vos unirdes à Leal Divisão, que, em Nome da Mesma Senhora, vem ocupar esta ilha. Se assim o fizerdes, sereis recebidos e tratados como irmãos. — Todas as mais Ilhas dos Açores estão na obediência da Rainha e os Militares de suas Guarnições, que escutando a voz da Honra, e da Lealdade, souberam sacudir com tempo o vergonhoso, e infame domínio desse feroz usurpador, são hoje participantes da glória, e da fama imortal dos bravos defensores da Terceira; aqueles porém imprudentes, e temerários, que ousaram resistir ao seu valor ou gemem prisioneiros de guerra, ou arrastam por entre vós o opróbrio da sua vergonhosa fugida. — Militares da guarnição da ilha de São Miguel, decidi-vos enquanto é tempo: passadas algumas horas, lamentareis inutilmente a vossa obstinação. — Chegou o tempo da vossa salvação. A vossa lealdade, o vosso anuir à nossa legítima Rainha, a vossa adesão às justas liberdades que vos foram outorgadas pelo Augusto Pai da senhora D. Maria II, são bem conhecidos; e é para vos livrar dos tiranos que têm sufocado tão honrados sentimentos, que vêm desembarcar em vossas praias uma forte Divisão dos bravos que na Ilha Terceira souberam erguer duradouro Padrão à Fidelidade, à Constância, e ao Valor português. — Micaelenses, Oficiais, e Soldados de Milícias, e de Ordenanças, correi a unir-vos aos vossos libertadores; e o fogo que trazemos, não é para vós,