coisa que elles nunca supportariam. Tinham, pelo contrario, possuido escravos no seu territorio.
A idéa de civilizar indios em Hampton foi acolhida com bastante scepticismo. Senti promptamente a minha responsabilidade e achei que devia proceder com circumspecção. Não me custou, porém, ganhar a confiança dos meus indios, e mais que isto, a sua amizade e o seu respeito. Descobri que eram pouco mais ou menos como todas as criaturas humanas, sensiveis á bondade e rebeldes á violencia. Tentaram por todos os meios agradar-me. O que mais os descontentava era a obrigação de cortar os cabellos, não fumar e abandonar os cobertores de lã que lhes serviam de roupa. Mas precisavam conformar-se: o americano de pelle branca só julga civilizado o homem que se vista como elle e se alimente como elle, fale a sua lingua e pratique a sua religião.
Logo que os indios souberam exprimir-se em inglez, aprenderam officios e entraram no estudo facilmente. Commovia-me a satisfação que os negros manifestavam em servil-os. Havia realmente alguns que não os viam com bons olhos, mas eram em numero reduzido. E nunca deixavam de recebel-os como companheiros de quarto quando era preciso, para habitual-os a falar inglez e tomar os costumes de pessoas civilizadas. Não sei quantas instituições de brancos teriam acolhido assim indi-