compadre percebeu isto, e satisfez o pensamento de Leonardo dizendo:

— Entre, homem... basta de criançadas... o passado passado.

Entraram. A sala estava vazia; o Leonardo sentou-se junto de uma mesa, descansou o rosto numa das mãos, conservando sempre o chapéu armado atravessado na cabeça, o que lhe dava um aspecto entre cômico e melancólico.

— Comadre, disse em voz alta o agente da conciliação, tudo está acabado; venha cá...

Ninguém respondeu.

— Há de estar aí a chorar metida em algum canto, tornou o compadre.

E começou a procurar por toda a casa.

Não era esta mui grande; em pouco percorreu-a toda, e ficou tomado do mais cruel desapontamento por não encontrar a Maria. Voltou portanto à sala entre consternado e espantado.

O Leonardo, supondo que ele tinha achado a Maria, e que sem dúvida a trazia pela mão contrita e humilhada, quis fazer-se de bom 3: ergueu-se, meteu as mãos nos bolsos, e pôs-se de costas para o lugar donde vinha o compadre.

— Ó compadre, disse este aproximando-se...

— Nada, atalhou o Leonardo sem voltar-se... o dito por não dito...mudei de resolução!...

— Olhe, homem...

— Nada, nada... está tudo acabado...

O Leonardo, dizendo isto, ia dando sempre as costas ao compadre, quando se lhe queria pôr de frente.

— Homem... escute... olhe que a comadre...