completamente junto a D. Maria; tornara a freqüentar a casa, e foi pouco a pouco pondo barro à sua parede. Um sucesso inesperado veio ajudá-lo com a maior eficácia. O testamenteiro do finado irmão de D. Maria, do pai de Luisinha, que já tinha tido com D. Maria, como talvez não estejam esquecidos os leitores, uma demanda por causa desta última, surdiu de repente com uma nova prebenda relativa a uma pontinha de testamento, e D. Maria teve de entrar de novo com ele em uma luta judiciária. Isto coincidiu com a morte inesperada do procurador de D. Maria. José Manuel ofereceu-se para cuidar da causa; e com tanto jeito arranjou tudo, que em muito pouco tempo, coisa que procurador nenhum teria feito, venceu a demanda em favor de D. Maria.

Ora, os leitores hão de estar lembrados da mania que tinha D. Maria por uma demandazinha; atirava-se a ela com vontade, e tal era o empenho que empregava na mais insignificante questão judiciária, que em tais casos parecia ter em jogo sua vida. Daqui se poderá concluir a satisfação que teria ela no dia em que se achava vencedora, e como se não julgaria obrigada a quem lhe proporcionasse a vitória.

José Manuel aproveitou-se disto; e no dia em que veio ler a D. Maria a sentença final que resolvia a pendência em seu favor, pediu-lhe a mão da sobrinha, a qual lhe foi prometida sem grandes escrúpulos.

Luisinha estava nesta ocasião em um daqueles períodos de abatimento que se costumam produzir nos moços, e principalmente nas moças que ainda marcham por aquela estrada florida que leva dos