dias depois, o toma-largura em casa de Vidinha fazendo uma visita à família!!...
As visitas continuaram, e pela vizinhança começou a ouvir-se um rumor que tinha tanto de malévolo como de verdadeiro.
Estavam as coisas neste pé. A paz tinha sido restituída à família. Não sei quem propôs que se solenizasse o restabelecimento do sossego e as novas venturas com uma súcia para fora da cidade. Efetuou-se semelhante pensamento. Por uma singularidade escolheram para lugar da patuscada os-Cajueiros,-onde a família, tinha feito conhecimento com o Leonardo.
O toma-largura fora convidado, nem podia deixar de sê-lo, porque era ele um dos motivos da festa. Infelizmente porem tinha ele um defeito: no estado ordinário costumava beber sofrivelmente; quando tinha algum motivo de alegria costumava dobrar a dose, e quando isto sucedia dava-lhe para valentão e desordeiro. Disto resultou que no meio da súcia, na ocasião de jantar, deu-se por ofendido, não sabemos por quê, e começou por agarrar nas pontas da esteira que servia de mesa, e fazer voar sobre a cabeça dos convivas pratos, garrafas, copos e tudo o mais. Os dois primos quiseram contê-lo, mas não o conseguiram: Vidinha chorava, as velhas se maldiziam; uns tentavam restabelecer a paz, e outros aumentavam a desordem. Reinava por conseqüência uma algazarra infernal.
Quando menos o esperavam, viu-se surdir dentre as moitas o major Vidigal fechando um círculo de granadeiros que partiam de sua esquerda e da sua direita, e que encerravam toda a súcia.