a rir estrondosamente apontando para o major.

Acabava de imitar com muita semelhança a cara comprida e chupada do Vidigal.

O major mordeu os beiços percebendo a caçoada do Teotônio; e se já tinha boas intenções a seu respeito, ainda as formou melhor naquela ocasião.

As risadas continuaram por muito tempo; e ele, não podendo afrontá-las impassível, e não havendo, como já fizemos sentir, motivo justo para um rompimento, achou mais conveniente retirar-se, e pondo-se em posição conveniente, esperar que a súcia se debandasse, para então convidar o Teotônio a ir fazer algumas caretas aos granadeiros na casa da guarda.

Saiu pois completamente corrido.

Encontrando os seus granadeiros que tinham ficado a pouca distância, dirigiu-se ao Leonardo, e fez-lhe sentir que querendo a todo o custo naquela noite segurar o Teotônio, temia que os de casa desconfiassem disso e lhe dessem escapula por qualquer meio; era-lhe pois mister uma pessoa que o fosse vigiar de perto sem que despertasse suspeitas: essa pessoa devia ser o Leonardo.

— Sou malvisto em casa de meu pai, replicou este à proposta do major.

— É hoje um bom dia de conciliação...

— Talvez não queiram receber-me...

— E sua madrinha que lá se acha?...

— Mas a filha que é uma víbora contra mim?...

— Víbora ou não, há de ir; que quando manda a disciplina... Não quero que aquele valdevinos ande tomando impunemente a minha cara para original de caretas.