Bede, Jane Eyre, etc. Em mim a conquista anglo-saxônia começou por Thackeray, que li então, como já disse, no retiro de Fontainebleau. A respeito de meus versos, o grande crítico manteve esse silêncio desanimador dos médicos que não sabem enganar, quando os doentes ingênuos que se fizeram auscultar, querem surpreender e penetrar com perguntas insidiosas a realidade do seu estado.

A febre poética que se tinha apossado de mim com esse primeiro ensaio de Amour et Dieu, não devia ceder facilmente; eu queria resgatar esse esboço, que me parecia inferior e imperfeito, substituí-lo, e uma idéia, que estava em gérmen em uma de suas poesias, desprendeu-se dele e tomou em meu espírito as proporções extravagantes de um grande drama em verso. Deste falarei mais tarde. Como se vê, bem pouco do político militante restava depois dessa primeira viagem à Europa; eu trocara em Paris e na Itália a ambição política pela literária, crítica, isto é, com uma espessa camada européia na imaginação, camada impermeável à política local, a idéias, preconceitos e paixões de partido, isoladora de tudo que em política não pertencesse à estética, portanto também do republicanismo – porque a minha estética política tinha começado a tornar-se exclusivamentemonárquica.