poder ex-informata conscientia sobre os seus sacerdotes, sem o qual não seria praticável a arregimentação passiva da milícia eclesiástica; e no entanto é ele quem interrompe no Brasil o noviciado monástico. Seu pensamento, longe de se suprimir as ordens religiosas, era regenerá-las, restituí-las à desejada pureza, ou, como ele disse em uma frase que se gravou na memória de Pio IX, “levantar um muro de bronze entre o novo e o velho clero”. Assim também serviu a Monarquia com lealdade e desinteresse; jovem ainda, acadêmico de Olinda, partiu dele o primeiro grito ouvido e repercutido no Norte contra as tendências republicanas de 7 de abril, mas a prerrogativa monárquica não encontrou entre nós mais forte barreira do que fosse o seu espírito liberal fortemente imbuído do preconceito constitucional. É característico do seu modo de compreender a posição de conselheiro de Estado a franqueza com que perante o próprio imperador ele sustenta máxima, – o rei reina e não governa.

De 1868 a 1871, em que a idéia foi abraçada pelo visconde do Rio Branco que a converteu em lei, meu pai foi o principal agitador da libertação das gerações futuras. Em 1866 ele votara por essa reforma em despacho de ministros e em 1867 fora o seu mais extremo defensor no Conselho de Estado, como relator do projeto que depois se converteu na lei de 28 de setembro.