sentimento pelo escravo, – o bolbo que devia dar a única flor da minha carreira...
O fato que me lançou na política foi a morte de meu pai, em março de 1878, ano em que serei eleito pela primeira vez deputado... Ele morreu em tempo ainda de assegurar a minha eleição que tinha ficado resolvida entre ele e o barão de Vila-Bela, chefe político de Pernambuco. Souza Carvalho, que muito impugnou, depois de morto meu pai, a minha candidatura, foi a Vila-Bela e referindo-se àquela morte, disse-lhe: – “sublata causa, tollitur effectus”. Domingos de Souza Leão, porém, tinha a religião da amizade e da lealdade, e a morte de Nabuco, em vez de delir o seu compromisso, tornara-o de honra... Meu desejo íntimo era então continuar na diplomacia... Minha mãe, porém, conservava a ambição de meu pai, de me ver entrar na política, para um dia substituí-lo, sentar-me na sua cadeira de senador, como ele se sentara na de meu avô, que já não fora o primeiro senador Nabuco, porque encontrara no Senado seu tio José Joaquim Nabuco de Araújo, o primeiro barão de Itapoã. Eu representaria assim no Parlamento a Quarta geração da mesma família, o que não aconteceu, suponho, a nenhum outro. Como Martim Francisco Júnior, neto e bisneto de parlamentares, as gerações políticas foram três, por serem irmãos o avô e o bisavô, Martim Francisco e José Bonifácio.