parte o imperador, fica a princesa... Ninguém, afinal, sabe quem fez mais pela abolição: se a propaganda, se a resistência: se os que queriam tudo, se os que não queriam nada... Nada há mais ilusório que as distribuições de glória... As lendas hão de sempre viver, como raios de luz na treva amontoada do passado, mas a beleza delas não está em sua verdade, que é sempre pequena; está no esforço que a humanidade faz, para assim reter alguns episódios de uma vida tão extensa que, para abrangê-la, não há memória possível.
Não posso senão dar ao acaso algumas impressões, por isso deixo, não sem constrangimento, de referir-me a nomes que entrariam em qualquer resumo, por mais curto que fosse, note-se bem, do começo da propaganda... Os dois grupos de que falei encontravam-se, trabalhavam juntos, misturavam-se, mas a linha divisória era sensível: um representava a ação política, o outro a revolucionária, ainda que cada um refletisse, por vezes, a influência do outro. Isso no tempo em que a idéia está sendo lançada, pois dentro de pouco o movimento torna-se geral, e então há o influxo das Províncias, há o Ceará, o Amazonas, o Rio Grande do Sul, Pernambuco, a Bahia, S. Paulo, que surgem como grandes focos de propaganda... O movimento abolicionista teve com efeito duas fases bem acentuadamente divididas: a primeira, de 1879