era de Viana – seria, talvez, o Lima, se eu tivesse certeza de ter diante dele a mesma impressão dos soldados romanos que chamaram às suas margens Campos Elísios e lhe deram o belo nome de Letes. A verdade é que sinto cada dia mais forte o arrocho do berço: cada vez sou mais servo da gleba brasileira, por essa lei singular do coração que prende o homem à pátria com tanto mais força quanto mais infeliz ela é e quanto maiores são os riscos e incertezas que ele mesmo corre.

Nesse tempo, porém, na minha era antes de Cristo, em pleno politeísmo da mocidade, o mundo inteiro me atraía por igual; cada nova fascinação da arte, da natureza, da literatura e, também, da política, era a mais forte; eu quisera conhecer as celebridades de todos os partidos. Depois do papa, a mais nobre figura da Europa era para mim o conde de Chambord, que acabava de rejeitar a coroa de França para não repudiar a bandeira branca; um Henrique V, bem pouco parecido com Henrique IV, e, no entanto, eu contava como uma boa fortuna à noite que passei no salão de monsieur Thiers [1].

  1. A respeito dessa visita, eis a nota que encontro no meu jornal de 1874: “10 de janeiro. Á noite fui com o Itajubá (o nosso árbitro em Genebra) à casa de monsieur Thiers, hotel Bragation, faubourg Saint-Honoré. Apresentado a monsieur Thiers, a madame Thiers, a mlle Dosne. Apresentado a Jules Simon. Itinerário que este me deu: ver Pierrefonds. Coucy, Reims, Tarascon, Arles e a Grande Chartreuse. Conversei com