mais ficar, nem um instante sequer, na vasta sala iluminada e cheia de multidão matizada que formiga e aplaude.
Então, um de teus amigos te conduz à casa, já abatido e quase sem voz; e, mais tarde, passados dias, corre a dolorosa notícia, - ó amargurado Espírito moderno! - de que morreste de uma pneumonia aguda...
E após a tua morte ainda se haveria de contentar o teu merecimento. Muitos diriam:
— Também não deixou um livro que significasse a sua individualidade.
E outros responderiam:
— Mas deixou escritos nos jornais.
— Ora, jornais! jornais são papéis avulsos, vivem o curto espaço de um minuto ou de um segundo e, muitas vezes, até sem os lermos, com os mais resplandecentes pensamentos contidos em suas colunas, os deitamos pela janela fora... Um livro sintetiza qualquer individualidade.