Abrem-se universidades, lyceus, escolas, seminarios, institutos scientificos, para educarem no seu seio os jurisconsultos, os medicos, os sacerdotes, os mathematicos, os commerciantes, os sabios, os cidadãos do futuro.
Só falta uma escola, a primeira, a mais indispensavel das escolas, a que facilitaria e tornaria fructiferos os trabalhos das outras: falta a escola das mães!
Ninguem se lembrou ainda de a crear, julgam-na desnecessaria, ou talvez que a julguem frivola.
— Como é que se ha de ensinar a ser mãe? é só a natureza que instrue a mulher. Ha mães de quinze annos que sabem mais n’este assumpto do que velhos pensadores de sessenta. Deixae obrar a natureza, é ella a grande mestra, a suprema inspiradora!
De accordo, meus senhores; quem é que nunca se lembrou de negar á mãe o seu divino instincto de protecção e de ternura? Quem ao vel-a segurar com tão delicado carinho o tenro corpo do filho, acalental-o nos braços, adivinhar-lhe as necessidades e os desejos até para elle indistinctos, negará que entre esses dous entes ha uma cadeia mysteriosa, que a natureza nunca poderá mais desatar?
Mas é necessario que o estudo auxilie o maravilhoso instincto, que elle ensine á mãe a comprehender no seu triplice aspecto, physico, moral e intellectual,