vê, do que attrahe pelo brilho, do que lhe desafia a cubiça, a gulodice, o amor da posse.
Leitora, quando o teu pequenino de tres ou quatro annos tiver artes de te roubar uma joia muito querida, um manjar muito reservado, um bibelot qualquer, que seja para ti de grande estimação, não chores desconsolada, lendo n’esse primeiro symptoma sinistras prophecias. Esse prenuncio de ambição desregrada póde, dirigido com previdente vigilancia, transformar-se na legitima energia que leva o homem a desejar a posse das riquezas honestamente adquiridas, a exercer no seu espirito uma influencia fortificante, a tornal-o pertinaz no caminhar para um ficto que de longe antevio.
Dirigir toda e qualquer tendencia para um fim elevado e util, combater a inercia, a preguiça physica e intellectual da creança, empregando activos reagentes, ir ajudando lenta e gradualmente a evolução natural do entendimento infantil, abrir-lhe o espirito a todas as curiosidades sãs, apontar para a natureza inteira como para um livro enorme, mysterioso, cheio de apaixonado interesse, de peripecias dramaticas, de imagens vistosas, que elle ha de ir decorando a pouco e pouco, conduzil-o até ao limiar da adolescencia, puro de coração, immaculado no corpo, prompto e apto para absorver em si os conhecimentos complexos que o esperam, robusto, são, energico, confiante, cheio de crença